Sumariamente podemos apresentar o Tickling como uma vertente light do BDSM. Uma ramificação criada por pessoas que pretendiam sensações, mas sem a dor extrema e respectiva humilhação à qual o BDSM está associado. Desta forma dedicaram-se a explorar a "tortura pelas cócegas".
Já vos estou a ver torcerem o nariz: "cócegas??!!", mas se pensarem bem fazer cócegas só o fazemos com quem temos confiança e proximidade, ou com alguém de quem pretendemos aproximarmo-nos.
Estranhamente as cócegas criam intimidade. E eu pude verificar isso com o "meu amigo das cócegas".
O primeiro contacto foi através do msn. Disse-me que tinha um fetiche, e realmente esperava tudo menos cócegas!! Explicou-me que não pretendia ter relações, dando-me exemplos do que poderia/deveria fazer.
Lá marcámos data e local: o Ibis.
Eu ia apreensiva. É que apesar de estar disponível para realizar fantasias/fetiches (sempre dentro dos meus limites) nunca tinha feito isto. Será que estaria habilitada?? Chego, subo ao quarto e abre-me a porta um rapaz dos trinta e poucos muito sorridente. Eu ia nervosissíma!! E aqui inverteram-se os papéis: foi ele que fez conversa para quebrar o gelo e me pôr à vontade. Eheheh... Já mais à vontade fala-se em começar a sessão efectivamente. Eu vou ao WC para trocar de vestimenta, completamente desadequada diga-se de passagem!! Mas ele não comentou nada. Ficou de boxers e eu de cuequinha fio dental e uma camisola (vestidinho) preto semi transparente!!
Lá começamos as "hostilidades". Ele ia-me guiando...descobri que as penas são um mito: não fazem cócegas nenhumas!! As escovas de dentes eléctricas são de nos colocar aos saltos, principalmente se aplicadas nos dedos dos pés!! Cheguei a amarrar-lhe os pés à cama para os poder explorar em segurança... Sim, porque torna-se violento às tantas!!
Primeiramente as cócegas são feitas à vez. Um deita-se na cama, de barriga para cima e braços abertos. O objectivo é aguentar as cócegas o máximo que se conseguir, mexendo-nos o mínimo possível. Recordo-me da minha preocupação quando o vi roxo de tanto se aguentar para não rir! Mas às tantas o "torturado" já não aguenta e passa ao ataque. E aqui a supremacia dele era bem visível. Eu passava mais tempo a desviar-me de possíveis cotoveladas ou joelhadas que a conseguir fazer-lhe cócegas. Eu disse que se tornava violento..eheh... É que estamos tão concentrados em atacar que naturalmente não estamos com atenção por onde param os nossos joelhos, por exemplo.
Entendemo-nos muito bem e das vezes seguintes eu já não cometi o mesmo erro de vestuário, lol, e levei boxers e t-shirt.
Tivémos situações engraçadas. Uma das vezes já não nos víamos à algum tempo e quando entro no quarto sou recebida efusivamente num abraço que quase me espremeu!! Fomos para cima da cama cavaquear, pôr a conversa em dia. Entretanto já era uma da manhã e nós a rir que nem dois malucos. Nisto batem à porta!! Ai que medo!! LOL!! Emudecemos. Parecíamos dois miúdos que fizeram algo mal e têm medo de ser apanhados. Enquanto continhamos o riso ouvíamos um senhor lá fora a fazer "hãm hãm" e a bater a porta. Ainda ficou lá um ror de tempo e o que eu acho mais engraçado é que se estivéssemos a gemer que nem doidos o tal senhor não se teria atrevido a ir lá bater à porta!! Ahaha!
Numa outra noite abusámos das cócegas de tal maneira que eu estava exausta!! Disse-lhe que não estava em condições para conduzir. Toca de abrir a cama e dormir um par de horas. Dormi mesmo... e não o faria com qualquer pessoa, mas a confiança que estabelecemos assim o permitiu. :)
Nos Estados Unidos, onde esta prática é recorrente, fazem convenções que ocupam hotéis inteiros durante três dias. É uma comunidade muito unida e bem disposta. Façam uma busca na net..e abram as mentes...
terça-feira, 10 de maio de 2011
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No mínimo....diferente!
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