Sei que demorei a escrever este post... mas isso deve-se à sua natureza... ele é cru... e demorou o seu tempo a rastejar para fora de mim...
O dia mais importante do meu calendário aproxima-se... a ansiedade instala-se, mas desta feita não estou feliz... Há um vazio enorme...
A única prenda que eu quero e preciso, eu sei que não a terei... Eu só quero aquele abraço silencioso que me completa... Quem mo pode dar está perdido na sua Floresta Negra Interior... Eu não posso nem consigo lá entrar... Tenho de me limitar a ficar na orla... exposta a todos os Elementos... a manter a candeia da Fé acesa, pois assim, mesmo que não seja visível a Luz está lá... à espera... pacientemente...
Tenho a plena noção que nada substitui o insubstituível, mas com algum engenho podemos conseguir "fazer tanto barulho" que já nem consigamos ouvir a nossa própria dor...
Como as minhas sinapses até funcionam relativamente bem pu-las a trabalhar.
Já sei que me vão encher de bonbons Milka em forma de coração... Ferreros Rocher...e flores...São gestos bonitos, mas repetidos
over and over again tornam-se deprimentes...Claro que os entendo! São uns meninos mimosos: querem-me dar um agrado e ficam sem saber o quê, logo vão para o óbvio...
Portanto... permiti-me ser descarada... e escrever uma
whislist... Assim não haveria margem para erros... Eu nunca peço nada, limito-me a ser grata pelo que me oferecerem... portanto, ao contrário do que pensam, fazer o raio da lista não foi nada fácil! Mas comecei a criar movimento e a manter a cabecinha ocupada..e admito..até entusiasmada...
(Para aqueles que estão a pensar: "Mas eu estive com ela e não reparei em nada!!"... Pois... A minha armadura é das boas... )
Tenho a confessar que nunca pensei que os meninos se fossem entusiasmar tanto com a ideia! Fiquei deveras sensibilizada, pois sem eu ter dito nada de alguma forma compreenderam... De alguma forma ouviram o grito surdo no meio do barulho...
Eu adoro livros... Recebi vários da lista e outros fora da mesma... Confesso que ainda só tive vagar para ler o primeiro que recebi... A chama de Sevenwaters... A Liadan, o Bran e o Ciáran fizeram parte da minha adolescência... foi fantástico reencontrá-los vinte anos depois...
O perfume veio com uma dedicatória linda...
"
Alô Sarah
Tudo bem?
Fui à loja de perfumes ali no Colombo. É curioso. Tinhas razão. O panthere és tu!!. O curioso é que nunca o cheirei em ti e sei que tenho um olfacto apurado! Fruto das regras ?- champoo sem cheiro, oleo sem cheiro...
Apanhei uma overdose de tanto snifar perfumes, só para sentir se não estava a ser influenciado por ti. Se calhar até fui :) mas, passe a publicidade, a fragância reflete uma mulher liberada e apaixonada !
O mais curioso ainda, é que quem faz anos não é a Sarah Sweet ou a Carlota, mas sim a Mulher por detrás destas " personas ", que terá o seu circulo de amigos e que a irão presentear no seu aniversário, como é suposto os amigos fazerem.
Nâo obstante, adquiri o perfume para te oferecer, quanto mais não seja como prenda para celebrar a tua decisão.
Podes, se assim o entenderes, riscá-lo da wishlist, ou não.
E eu fico a aguardar a data para to entregar.
Beijinhos"
Sem querer desfazer de ninguém, mas uma das prendas que jamais esquecerei foi um simples telefonema... Eu sei que ele tem uma vida ocupadíssima e o dia já ia no fim do entardecer... Acabado de acordar noutro fuso horário, a primeira coisa que fez foi ligar-me... para me dar os parabéns... pois esteja onde estiver nunca se esquece... Momentos destes não têm preço... Pasmem-se os cínicos de serviço, mas foi meu cliente nos meus primórdios... Já ninguém se lembra como, mas gerou-se uma cumplicidade e uma amizade que perduram...
As botinhas... essas implicaram uma ida ao Colombo... Então imaginem... eu sei que a loja existe... e sei que se estiver neste sítio fica naquela direcção, mas não faço ideia em qual dos pisos... AHAHHAHAHA... (Bem-vindos ao meu sentido de orientação!!!) Mas chegou-se lá... Adoro-as... Apesar do seu "a little stiff at first"... A little???? Fiquei com os pézinhos em carne viva! Mas quem corre por gosto não cansa.
Como andei numa de prova de vinhos, recebi também umas garrafinhas interessantes... Mas com a assiduidade que eu bebo, creio que irão valorizar bastante...ehehe...
Tive também direito a um telemóvel moderno... Ainda estou a fazer o reconhecimento. É que eu com aparelhómetros novos...
A écharpe chegou atrasadérrima... mas chegou...
E last but not the least... esta dedicatória espetacular:
Aniversários vs Renascer
O título promete, bem sei. Mas não vou estar com grandes dissertações, nem sequer estou com o "espírito certo" para algo que não tenho o menor jeito, filosofar.
Avizinham-se épocas festivas. Umas generalizadas, outras particularizadas, outras mistas. Hoje falo-vos de Aniversários. Uma data que nos é dada como única. Data essa que, cursiosamente, de forma egoísta, partilhamos com muitos outros que nessa data nascem.
Diz-se que o aniversário se trata de um renascimento, outros, que afirmam ficarmos mais velhos. O que eu vejo, é que a forma como perspetivamos o tempo que nos passa pelas "barbas" é vivido e saboreado de forma diferente. Tem graça, com o passar dos anos, perdemos o tempo de o saborear com a mestria que a velhice nos proporciona.
Vejo inclusivamente, esta data, como algo, digamos hipócrita. Somos pessoas 365 dias por ano, vivemos, respiramos, rimos e choramos 365 dias por ano. 365 dias por ano em que poderíamos ser recordados, um olá, um sorriso, um café, uma flor, um telefonema ou um passeio. Quem sabe talvez uma carta (à antiga, coisa rara. Eu faço.). Mas não, é conveniente, a data assinalada na agenda, no telemóvel, naquele post-it colado à anos na secretária, na porta do frigorífico. E sim, alegra a alma naquele dia recebermos o que já foi referenciado acima.
Depois disso, para muitos, o silêncio, a falta de significado, ou até de sentido. Pergunto, depois desse dia ou hora, o que somos afinal? Para nós? Para os outros?
É chegada a altura de muitos, na minha modesta opinião, saber a seu devido tempo, viver e conhecer a dura realidade de saber renascer, de todos os dias nos reinventarmos. Nas pequenas e grandes coisas, naquele momento em que a festa, a música, e as luzes se calam, e o seu lugar é tomado pelo conforto da solidão, isso mesmo. Não falo num contexto de sós e abandonados, é bem mais fundo que isso. Aqueles a quem me dirigo, sabem do que falo.
Mas hoje, dirigo-me a ti. Renasce, reinventa-te, e não deixes que as luzes se apaguem. Tal como tu, eu ou muitos outros, a luz que emanas torna este mundo um pouco mais solarengo.
Sou imensamente grata a todos os que mimaram esta Princesa...
